O
jornalismo é a construção da realidade ou um reflexo dela? É a publicidade do
sistema capitalista ou o quarto poder? Denuncia ou manipula?Afinal, quem pode exercer esse
papel?
Comentando sobre uma descrição de acidente
feita por um ouvinte, o jornalista Ricardo Boechat afirmou em seu programa que qualquer um pode
apurar e passar informação. E ainda enfatizou como os jornalistas devem se
dedicar cada vez mais para ter um diferencial.
São
blogueiros, especialistas e muitos outros que querem COMUNICAR. A tecnologia
acessível e a internet foram ferramentas para essa possível “democratização”.
A
partir do argumento “ferir a liberdade de expressão” o STF derrubou em 2009 a
exigência do diploma de jornalismo. Entre os argumentos Fernando Collor (PTB-AL) disse que o diploma é "embrião para o controle 'social' dos
meios de comunicação".
A exigência do diploma foi derrubada em junho de 2009 pelo
Supremo Tribunal Federal (STF). Por oito votos a um, os ministros atenderam a
um recurso protocolado pelo Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão no
Estado de São Paulo (Sertesp) e pelo Ministério Público Federal (MPF), que
queriam o fim da obrigatoriedade do diploma.
Até alguns profissionais formados compartilham da opinião. “Obrigar
o jornalista a ter diploma de jornalismo é como obrigar um cantor a tomar aula
de voz antes de cantar no palco, uma violação da liberdade de expressão.”Afirmou Lúcia Guimarães do ESTADÃO.
Por outro lado, a liberdade de conteúdo se torna arriscada
quando sua qualidade é duvidosa.
Beth Costa, presidente da FENAJ(Federação nacional dos jornalistas)defende o diploma como forma de preparar o profissional:
"A sociedade precisa e tem direito à informação de qualidade, ética,
democrática. Informação esta que depende, também, de uma prática profissional
igualmente qualificada e baseada em preceitos éticos e democráticos. E uma das
formas de se preparar, de se formar jornalistas capazes a desenvolver tal
prática é através de um curso superior de graduação em jornalismo.”
Além da FENAJ, a ENECOS (Executiva Nacional dos Estudantes de
Comunicação) defende o diploma. “Desvaloriza a profissão e os anos de estudo. Mesmo
por que temos que ter um pensamento critico sobre tudo que produzimos”, afirma
Luiza Corrêa coordenadora Sudeste.

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