segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Investigando

Finalmente, postarei algo completamente opinativo.
O jornalismo e seu papel social foram aprofundados ao longo de um período e de 20 postagens nesse blog.
Investigar requer capital, dados, muitas fontes , mas principalmente coragem e audácia.
Temos grandes nomes no Brasil de repórteres investigativos, muitos deixaram a adrenalina e o compromisso com o público ir além de suas vidas.
Portanto, em alguns meses teorizamos em sala quanto aos deveres, compromissos e principalmente desafios!Afinal, existe ou não a objetividade? A ética é necessária já que trabalhamos para empresas que vivem de lucros? são imagens, fontes, palavras ou estamos lidando com pessoas? 
Foram inúmeras questões trabalhadas para ajudar na formação de repórteres que vão além. Que não somente, conhecem maquinários e técnicas,mas que sabem o jeito de preservar a informação. 
                                http://www.youtube.com/watch?v=VFqOZ4iRyXM&feature=related


Secret?


Apublica é uma maneira diferente de fazer jornalismo investigativo. É uma agência de reportagem e de jornalismo investigativo  que tem como principal fonte wikileaks.
“Documentos vazados pelo WikiLeaks mostram como age uma organização que treina oposicionistas pelo mundo afora – do Egito à Venezuela
Apublica cumpre o que propõe ao mostrar “furos” de organizações através do Wikileaks.
Porém, questões devem ser debatidas:
Wikileaks é uma fonte segura de informação?Além disso, é ético infringir soberanias, segredos de Estado em prol da liberdade de expressão?
Segundo o colunista Julho Echeverría do jornal El comércio

“O caso Assange colocado sob estresse o conceito de soberania de maneira mais profunda. Por revelar segredos de estado, revelou a vulnerabilidade dos sistemas de informação e controle, que é baseada na soberania dos Estados. A informação e o sigilo são pilares da soberania do Estado como o Estado é concebido tendência ou potencialmente enfrentou inimigos externos e internos. O segredo é a melhor arma para o exercício da soberania para o exterior mais de outros estados, como para dentro, contra seus próprios cidadãos. “

“Os documentos do WikiLeaks nos fortaleceram”, diz Rafael Correa.
Mesmo tendo crise com a imprensa do Equador.


Etnocêntrismo nas TELONAS


Até onde a imprensa realmente produz conhecimento? Leva a reflexão? No embate de forças sociais, na disputa entre interesse público e privado, a imprensa cumpre seu papel.
Nem só de jornalismo vive a imprensa. Também temos a publicidade, as relações públicas  e o cinema.
O cinema brasileiro está em expansão. E a imagem do Brasil também, aparecendo cada vez mais em âmbito internacional.
O sucesso de bilheteria Amanhecer parte 2, mostrou o Brasil ainda dentro de velhos esteriótipos.
“O desfile de aberrações etnocêntricas continua, com os vampiros brancos dominando tudo, os lobos chicanos como fiéis serviçais, os negros como facilitadores e provedores de produtos ilegais, além de toda uma gama de representantes de outras partes do mundo Já a América do Sul é representada por um índio Ticuna, um americano fortão com bastante urucum no rosto, além de Senna e Zafrina, duas miscigenadas criações da floresta, emperequetadas com um aviltante figurino tropical.”
Foi a opinião de Francisco Taunay,Mestre em Cinema pela PUC-Rio. http://opiniaoenoticia.com.br/opiniao/amanhecer-parte-2-de-bill-condom/.
Depois do comentário de Maurício Vassali até críticas sobre figurino foram feitas nesse blog: http://literatortura.com/2012/11/24/sobre-a-vestimenta-indigena-brasileira-e-o-figurino-de-amanhecer-parte-2/
“Expondo a ignorância de Stephenie Myer (e de toda a equipe do filme) com relação às culturas existentes além das fronteiras dos Estados Unidos, Amanhecer – Parte 2  em trazer duas índias do Amazonas (ou “índias do Amazonas”) inacreditáveis – e não é à toa que uma delas se chama “Senna”, já que este é provavelmente o único nome brasileiro que Meyer escutou na vida (neste sentido, é surpreendente que a outra garota não se chame “Pelé”).”
Pablo Villaça, Escritor, crítico de cinema desde 1994 e diretor do Cinema em Cena.
 Ìndias vindas da "Amazônia "

Índios do Xingú


Prontos para a luta


Dentre inúmeros desafios da profissão, um deles é saber a linha tênue entre ousadia e perigo. É como o jornalista deve se portar ao entrar em lugar de conflito, ou mesmo, será que ele deve ir adiante?
Alguns foram adiante e conseguiram um furo, mas outros perderam seu bem maior, a vida.
Por isso, a ABRAJI junto com o INSI(International News SafetyInstitute) criou workshops para ensinar como se defender em situações de perigo.  Marcelo Moreira, presidente da ABRAJI  e editor-chefe do RJTV Segunda edição, explica o programa ao comemorar 10 anos de ABRAJI. 
“O objetivo é implantar no Brasil uma cultura de segurança.”
O próprio INSI mostrou que o Brasil é o 5º país mais perigoso para os jornalistas. Perdendo apenas para Syria, Somália, Nigéria (regiões em conflitos) e México.
Segundo o jornalista francês Benoit Hervieu, chefe do escritório para a América da organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF):
“No Brasil não há a polarização política entre imprensa e governos, como se vê em países como Venezuela e Argentina. Porém, o RSF registra que em 2012 houve seis casos de jornalistas mortos, sendo que em pelo menos três deles há fortes indícios de que os crimes tenham ligação com o seu trabalho”,lembrou.
Marcelo Moreira, presidente da ABRAJI

Imagem em ação


Imagem , vale mais que mil palavras. Por isso, o fotojornalista tem que tem grande responsabilidade ao publicar uma foto. A imagem tem o poder incrível, ela comunica diretamente. Choca, emociona e faz refletir.
O documentário: “ Abaixando a câmera”de Guilheme Planel mostra os desafios e a dor ao retratar.Durante a narração do filme são mostradas várias fotos. O documentário mostra desafios do fotojornalismo, mas também toca na questão de até onde a imagem é a verdade.
Atrás de lentes, técnica e flashes existe um ser humano com emoções, cultura, crença e principalmente valores. Através desse filtro ideológico e emocional o fotógrafo opta por uma imagem. Essa imagem é real, porém ela é escolhida. Por isso, muitas vezes não se pode dizer que aquilo a verdade, sendo aquilo a verdade sob os olhos do fotojornalista.
No fotojornalismo carioca, a dor gerada pela violência no Rio de Janeiro se tornou o foco das imagens. A fotografia mostra essa “verdade” explorando o sofrimento dos cidadãos. Há um embate de forças que Focault cita haver no jornalismo: o compromisso com o público e com a empresa (que precisa lucrar).
Portanto, na busca de expressar uma realidade , ignoram outras. Sendo parcial. Dando voz a um só lado. Ou pior, fazendo uma foto que a empresa precisa para vender e produzindo estereótipos para a público. Dessa maneira, a imagem choca , emociona e constrói uma realidade.
Um exemplo da submissão do repórter(muitas vezes necessária) as necessidades de mercado, é o que o filme chama de Kamikaze. Nilton Claudino fala 
“No fundo é verdade, torcendo pela ação, se não fica chato.” 
O conflito entre o jornal sangrento que choca a todos e vende e o repórter com compromisso social de passar informação está presente a todo tempo.
 "A segurança proporcionada por uma ética pessoal e profissional é um fator preponderante para um rearranjo afetivo do fotojornalista. É a chance de uma ´volta para casa` que ele pode fazer, mas que o retratado raramente consegue, pelas razões conhecidas por todos nós". 

 Psicanalista, Carlos Lugarinho para FotoGlobo.


                                                           Marcelo Carnaval

                                                              Custódio Coimbra

domingo, 25 de novembro de 2012

Ética jornalística


Diante de tantas discussões sobre a importância do papel do comunicador, a falta de ética sempre vem à tona.
No filme “ Shattered Glass” mostra o caso de um repórter da revista estadunidense The New Republic que inventava notícias. Até o bloquinho de anotações tinha rabiscos semelhantes a notícia editada.
Geralmente, o maior conflito ético é entre interesse público e privado. É a empresa cobrando e mostrando só um lado da estória, ou mostrando um como certo e outro como errado. Ou mesmo, entre objetividade e subjetividade, ou seja parte ideológica do repórter influenciar na notícia ou na escolha de fontes. Fontes também representam um conflito corriqueiro. Muitos jornalistas não “gastam a sola de sapato”. Fazem o famoso e já citado aqui: “ jornalismo de fast-food”, que geralmente dá barriga.
O que aconteceu no filme foi uma estória verídica. E não tão incomum como parece. Alunos de comunicação algumas vezes, inventam uma entrevista ou uma fonte.
O perigo é a irresponsabilidade de levar informação não idônea para a massa. 


quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Os desafios da notícia


Segundo a revista Veja e a agência EFE: as Farc admitiram na terça-feira ter capturado o jornalista francês Roméo Langlois.
Correspondente do canal France 24 e do jornal Le Figaro tentava fazer uma reportagem sobre operação do Exército colombiano contra o narcotráfico
 O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, exigiu ao grupo terrorista que cumprisse a promessa de não capturar civis e que libertasse o correspondente o mais rápido possível.

Diante dessa notícia, fica a questão: Até onde ir pela informação?
Filho de Tim Lopes afirmou que preservar a vida é o mais importante. Rodolfo Schneider,diretor de jornalismo da Band, ao falar da morte do cinegrafista da Band, Gelson, reafirma categoricamente pela preservação da vida.
Mas, em geral, o que move é uma adrenalina, um amor, uma necessidade de descobrir, de investigar!
Além de terroristas, facções e traficantes, governos opressivos também ameaçam a credibilidade da notícia.A ditadura brasileira de 64 e outras ditaduras latino americanas disfarçadas de democracia continuam a calar a boca da imprensa com a força.