Imagem
, vale mais que mil palavras. Por isso, o fotojornalista tem que tem grande
responsabilidade ao publicar uma foto. A imagem tem o poder incrível, ela
comunica diretamente. Choca, emociona e faz refletir.
O
documentário: “ Abaixando a câmera”de Guilheme Planel mostra os desafios e a
dor ao retratar.Durante a narração do filme são mostradas várias fotos. O
documentário mostra desafios do fotojornalismo, mas também toca na questão de
até onde a imagem é a verdade.
Atrás
de lentes, técnica e flashes existe um ser humano com emoções, cultura, crença
e principalmente valores. Através desse filtro ideológico e emocional o
fotógrafo opta por uma imagem. Essa imagem é real, porém ela é escolhida. Por
isso, muitas vezes não se pode dizer que aquilo a verdade, sendo aquilo a
verdade sob os olhos do fotojornalista.
No
fotojornalismo carioca, a dor gerada pela violência no Rio de Janeiro se tornou
o foco das imagens. A fotografia mostra essa “verdade” explorando o sofrimento
dos cidadãos. Há um embate de forças que Focault cita haver no jornalismo: o
compromisso com o público e com a empresa (que precisa lucrar).
Portanto,
na busca de expressar uma realidade , ignoram outras. Sendo parcial. Dando voz
a um só lado. Ou pior, fazendo uma foto que a empresa precisa para vender e
produzindo estereótipos para a público. Dessa maneira, a imagem choca ,
emociona e constrói uma realidade.
Um exemplo da submissão do repórter(muitas vezes
necessária) as necessidades de mercado, é o que o filme chama de Kamikaze.
Nilton Claudino fala
“No fundo é verdade, torcendo pela ação, se não fica chato.”
O conflito entre o jornal sangrento que choca a todos e vende e o
repórter com compromisso social de passar informação está presente a todo
tempo.
"A segurança proporcionada por uma ética pessoal e profissional é um fator preponderante para um rearranjo afetivo do fotojornalista. É a chance de uma ´volta para casa` que ele pode fazer, mas que o retratado raramente consegue, pelas razões conhecidas por todos nós".
Psicanalista,
Carlos Lugarinho para FotoGlobo.
Custódio Coimbra


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