segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Imagem em ação


Imagem , vale mais que mil palavras. Por isso, o fotojornalista tem que tem grande responsabilidade ao publicar uma foto. A imagem tem o poder incrível, ela comunica diretamente. Choca, emociona e faz refletir.
O documentário: “ Abaixando a câmera”de Guilheme Planel mostra os desafios e a dor ao retratar.Durante a narração do filme são mostradas várias fotos. O documentário mostra desafios do fotojornalismo, mas também toca na questão de até onde a imagem é a verdade.
Atrás de lentes, técnica e flashes existe um ser humano com emoções, cultura, crença e principalmente valores. Através desse filtro ideológico e emocional o fotógrafo opta por uma imagem. Essa imagem é real, porém ela é escolhida. Por isso, muitas vezes não se pode dizer que aquilo a verdade, sendo aquilo a verdade sob os olhos do fotojornalista.
No fotojornalismo carioca, a dor gerada pela violência no Rio de Janeiro se tornou o foco das imagens. A fotografia mostra essa “verdade” explorando o sofrimento dos cidadãos. Há um embate de forças que Focault cita haver no jornalismo: o compromisso com o público e com a empresa (que precisa lucrar).
Portanto, na busca de expressar uma realidade , ignoram outras. Sendo parcial. Dando voz a um só lado. Ou pior, fazendo uma foto que a empresa precisa para vender e produzindo estereótipos para a público. Dessa maneira, a imagem choca , emociona e constrói uma realidade.
Um exemplo da submissão do repórter(muitas vezes necessária) as necessidades de mercado, é o que o filme chama de Kamikaze. Nilton Claudino fala 
“No fundo é verdade, torcendo pela ação, se não fica chato.” 
O conflito entre o jornal sangrento que choca a todos e vende e o repórter com compromisso social de passar informação está presente a todo tempo.
 "A segurança proporcionada por uma ética pessoal e profissional é um fator preponderante para um rearranjo afetivo do fotojornalista. É a chance de uma ´volta para casa` que ele pode fazer, mas que o retratado raramente consegue, pelas razões conhecidas por todos nós". 

 Psicanalista, Carlos Lugarinho para FotoGlobo.


                                                           Marcelo Carnaval

                                                              Custódio Coimbra

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