Mais uma vez a discussão de ética da prática jornalística
é colocada a tona. Afinal, até onde é espaço da polícia, da justiça e do
jornal? O que é ético? A mídia está ou
não tentando ocupar um espaço que não é seu?
“E essa invasão de espaços pode ser considerada
a partir de uma definição cara a imprensa: a qualificação de quarto poder, que
data no início do século XIX e lhe confere o status de Guardião da
Sociedade.”Afirma a professora de jornalismo, Lorena Viera.
Vários casos foram desvendados
através de furos jornalísticos. O mais conhecido foi o caso Watergate, em que
repórteres do Washington Post desvendaram um caso de corrupção que culminou na
renúncia do presidente Richard Nixon.
No Brasil, dentre vários furos o
caso da juíza Patricia Accioli ,revelado pelo O Dia. E com câmeras e microfones escondidos a descoberta de corrupção no caso Roberto
Jefferson, rendendo até hoje o
julgamento do Mensalão.
Ao mesmo tempo, trazendo à tona a
cara de bandidos há um conflito ético: até onde a imprensa pode usar câmeras
escondidas? Segundo o artigo 9º de Ética
dos jornalistas é dever do jornalista respeitar o direito à privacidade dos
cidadãos. Por uma ética maquiavélica seria justo usar artifícios ilegais para
obter informações de um esquema prejudicial a sociedade. Fica o conflito, o
jornalista tem ou não poder?

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